quinta-feira, 14 de abril de 2011

Will be both us and you and them together?


Começo a escrever ao som de Eu preciso de você, do meu brega amoroso preferido : Roberto Carlos.

Sempre tive um pouco de dificuldade com os filmes de Hollywood, metade deles eu gosto bastante, a outra eu detesto.
Muitos ao ouvir e ler isto me diriram: por que então você não vê filmes brasileiros?
Bom, durante muito tempo não soube como explicar uma certa indisposição a produções nacionais. Até que amadureci suficientemente a ponto de poder exercitar um ajuizamento de gosto contundente. Eu costumava não gostar do cinema brasileiro pela falta de inovação, não gosto quando eles interpretam sempre o mesmo filme com atores diferentes, tautologicamente; não gosto quando eles te fazem pensar que será algo novo e qaundo você se senta para assistir já sabe o final. Eu pensava que o problema era o bloqueio criativo, mas hoje, especificamente hoje o jovem Daniel Ribeiro mudou o meu pensar, se o cinema nacional dependesse apenas dele como roteirista eu afirmaria : eu amo o cinema brasileiro!;
Ao me referir ao Daniel R. esqueci de falar do seu curta que mais me tocou : Eu não quero voltar sozinho.

Lá está Ghilherme Lobo (que vive Leonardo no curta), novinho, interpretando um garoto cego que tem uma grande amiga chamada Giovana ( que na realidade se chama Tess Coelho) que 'funciona' como Sancho Pança de Dom Quixote. A vida dele e a história começam a mudar quando entra em cena o também jovem ator Fabio Audi (que na história é Gabriel). Em pouco tempo ele torna-se mais um mebro do que antes era apenas uma dupla e a partir daí, tem início uma série de acontecimentos crucias para o rumo da história. Porém, para realmente entender a minha emoção ao assisti-lo hoje a tarde e chorar quando ele diz : TÔ, e a tela fica preta, é preciso estar com a alma livre, gente 'escrota' não entenderia e falaria muita merda. Por exemplo, se você ainda é dessa gente preconceituosa, ou desconhece o verdadeiro amor, você concerteza vai boiar.


E mais, peço permissão a banda Cachorro Grande para citar um trecho aqui que imaginei o persongem Gabriel cantando em um futuro que não existe no filme no ouvido do Léo:


- Gostei do seu charme e do seu groove, gostei do jeito como rola com você, gostei do seu papo e do seu perfume, gostei do jeito como eu rolo com você.

Só para completar o pensamento de hoje, eu deveria dizer que nada é condenável do ponto de vista cinematográfico, por mais que eu não goste, existem milhares que pagam para ver, sempre será assim.

Tecnicamente, 'Eu não quero voltar sozinho' é impecável, e já atesta o talento do então jovem roteirista Daniel. A fotografia é impecável, trilha sonora bem cuidada e enquadramentos que sabem tirar proveito da aura de seus jovens e seus desejos. Resumindo, e talvez reduzindo, ainda que sem querer, é filme para estar nas prateleiras e ser devorado por muita gente.

Às vezes, a despretensão é a melhor saída, e que venham os bons filmes brasileiros!

Me despeço ao som de Marcelo e Mallu em Janta - música que inclusive aparece na trilha sonora do curta -

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